Privados aguardam novo PDM para investir na Ribeira Brava

O Plano Director Municipal da Ribeira Brava está neste momento em fase de revisão, um processo que deverá estar concluído no final do próximo ano. Entretanto, o presidente da Câmara Municipal diz que há privados interessados em investir no concelho, os quais estão à espera do novo PDM para fazê-lo.

Neste momento existem vários privados interessados em investir no Concelho da Ribeira Brava que aguardam pelo novo Plano Director Municipal (PDM) para fazê-lo, adiantou ao JORNAL da MADEIRA o presidente da edilidade local.Ismael Fernandes referiu que o PDM está em fase de revisão, um processo que deverá estar concluído no final do próximo ano.Nesta altura, diz, falta a Secretaria Regional do Equipamento Social nomear uma equipa de acompanhamento do PDM, «de maneira a que isso avance o mais rapidamente possível». Tal como refere, «para o ano iremos tê-lo bem encaminhado, no sentido de ser levado à Assembleia Municipal». «Penso que não há grandes dificuldades em aprovar o novo PDM, mas não há dúvida que há intenções de novos investimentos para o concelho da Ribeira Brava que estão dependentes» da revisão, acrescentou.De acordo com o nosso interlocutor, à semelhança do que tem acontecido no resto da Região, o número de projectos privados também tem vindo a diminuir no município da Ribeira Brava. No entanto, para além da conjuntura, afirma que esta situação tem também a ver «com os investidores pensarem na revisão dos PDM’s, tanto do nosso concelho como dos outros». «Neste momento estão na expectativa de ver o que é que os próximos PDM irão prever para os seus concelhos em termos de novas áreas urbanizadas, onde se possa construir», frisou.Ismael Fernandes diz que na vila «já temos pouco terreno para construção», mas esclarece que a Ribeira Brava não é apenas a Vila e que existem áreas de expansão, tais como no Campanário, Tabua, Fonte Pinheiro, Banda d'Além, entre outros. «A Ribeira Brava não é a Vila. As pessoas confundem. Quando se fala na Ribeira Brava, pensam que a Ribeira Brava é a frente-mar», disse, frisando que «temos de pensar na Ribeira Brava no seu total e não de uma forma particular, de um certo e determinado sítio».Questionado sobre se são muitos os interessados em investir no concelho, disse que neste momento «há alguns privados com ideias muito bonitas mas que estão à espera que o PDM seja revisto». O interesse passa, principalmente, pelas áreas do turismo e da construção civil, mais concretamente edifícios de habitação.Recuperação e construção de miradourosA Câmara Municipal da Ribeira Brava pretende recuperar os miradouros degradados do concelho e construir outros novos nalgumas zonas estratégicas.Tal como adiantou o presidente da edilidade, «isso faz parte de investimentos que futuramente o Município da Ribeira Brava terá de lançar».Ismael Fernandes refere que não se trata de grandes investimentos, mas que tem se «pensar seriamente nessa situação». E dá alguns exemplos de locais com vista privilegiada no concelho, tais como o miradouro do Pico ou a zona da Banda d’Além, que tem «uma vista muito bonita sobre a Ribeira Brava». Segundo o edil, trata-se de dotar estas zonas com bancos e pequenos arranjos urbanísticos, de modo a que as pessoas que ali se deslocam possam encontrar as condições adequadas.Abordado acerca das condições do miradouro sobranceiro à Vila, o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, lembra que os terrenos circundantes não são da autarquia, pelo que há que pensar de que forma é que ali poderá ser feita uma intervenção. No entanto, Ismael Fernandes não deixa também de apontar o dedo àqueles que danificam este espaço. «Embora as pessoas tenham um bom acesso àquele miradouro, falta fazer um arranjo urbanístico. Mas também já fizemos lá muitas coisas que foram destruídas», disse, acrescentando que tem de haver sensibilidade por parte das pessoas - essencialmente dos que visitam o espaço. O responsável aponta como exemplos a destruição de caixotes de lixo, iluminação pública e varandas, assim como o roubo de flores ali plantadas.

Jornal da Madeira, 06 de Junho de 2009